sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Avaliação de Dezembro de 2014

Avaliação de Dezembro

Faz meses que não posto algo aqui, então resolvi fazer uma reflexão parecida como a que fiz na metade do ano. O cenário da economia pós-eleições continua bastante nebuloso. Embora inicialmente positiva, não sabemos se a indicação do ministro da Fazenda vai resultar de fato em medidas mais realistas para ajustar os problemas da economia ou se vai ser mais do mesma enrolação e demagogia que se viu nos últimos anos. Mas a vida continua e precisamos dar um jeito de prosseguir em rumo à IF, e ao mesmo tempo torcer para que o Brasil não desande de vez.

Certamente este foi um ano bem ruim. Fiz um grande ajuste na minha carteira de investimentos. FIIs que compunham mais ou menos 6% da carteira no começo do ano agora são mais de 50% em 15 papéis diferentes. Consegui aproveitar em parte a alta de BBAS3 e vendi tudo. Volto para BBAS3 se cair para R$22,xx ou menos. Se não voltar, tem outras opções. Vendi CSNA3 no prejuízo e provou ter sido uma boa escolha. Depois caiu para metade do preço da minha venda. Não está fácil, porque também comprei durante o ano algumas ações e FIIs que também caíram. Empresas boas como PINE4, EZTC3, ETER3 e HBOR3 caíram muito. O fantasma da grande vacância fez PRSV11 desabar da faixa dos R$1000 para R$700, e o detalhe é que o imóvel, embora antigo, fica em região estratégica bem no centro do Rio.

Fiz uma "conta de padeiro" para comprovar se a gestão ativa da carteira (comprar e vender) realmente ajudou em algo ou se atrapalhou o desempenho durante o ano. Para a gestão passiva fiz a suposição muito otimista que a soma de todos aportes rendeu 8% líquidos. Se fizesse a compra mensal de ações é muito provável que esses aportes estariam no negativo. Para as FIIs também, porque houve significativa desvalorização das cotas em geral.

Rendimento com gestão ativa (ajustes de carteira): -6.5%
Rendimento com gestão passiva (buy-and-hold puro): -12% (aproximado e otimista)
(O rendimento anual com gestão passiva um pouco mais realista talvez fosse uns -15%.)

Eu não me importo muito em ficar calculando rendimento mensal da carteira porque acho a maior besteira fazer isso em renda variável. O rendimento anual faz um pouco mais de sentido. Fico meio chateado porque desta vez não deu para bater o Ibovespa e a poupança, mas é claro que faz parte do jogo. O curioso que a queridinha EZTC3 me ajudou em 2013 mas me derrubou em 2014!


2009

143%
2010

31%
2011

14%
2012

33%
2013

10,5%
2014

-6,5%

Os valores acima são de rendimentos líquidos aproximados. De 2005 a 2008 eu não guardei o valor dos aportes realizados, assim não consigo fazer um cálculo realista. Sei que em 2008 quase dobrei o valor em bolsa da carteira de 2007 mas foi porque fiz aportes muito pesados durante a crise. Economiza cada centavo para colocar em small caps desvalorizadas. É certo que o rendimento foi altamente negativo em 2008, mas qualquer valor que colocasse aí seria um chute.


Do ponto de vista pessoal fiz duas viagens para o exterior e também consegui abrir uma conta corrente nos EUA, um desafio que foi até divertido. Mostrou que consigo me comunicar em inglês o suficiente para explicar os motivos da abertura de conta, etc. Quanto mais tempo passo lá fora mais percebo como o Brasil é atrasado em certos pontos. Recebi o cartão de débito com meu nome em mãos, na hora!

Meus aportes este ano foram um pouco inferiores ao do ano passado. Talvez com o 13o consiga empatar ou até superar ligeiramente o valor. Além das viagens e várias compras de moeda estrangeira, o suficiente para viajar ano que vem, um outro fator que prejudicou um pouco os aportes foi minha adesão ao plano de previdência privada da empresa, diminuindo meu salário líquido. O rendimento dessa previdência é muito fraco e as taxas de administração são elevadas, mas como a empresa participa nos aportes, há uma certa vantagem. Não deixa de ser uma diversificação

Para finalizar, ainda acredito que as FIIs sejam a melhor opção de investimento. Já estou conseguindo uma semi-IF (independência financeira) só com o rendimento delas. Essa situação dá um conforto muito maior no emprego. Enquanto isso, uso o rendimento das FIIs para comprar mais papéis.




terça-feira, 10 de junho de 2014

Compras e Vendas em 2014

Após dois meses sem comprar ações, resolvi comprar alguma coisa além das FIIs. Segue o que mais ou menos fiz em 2014 (a grosso modo):

VENDA R.I.P. BICB4
Já foi um dos meus papéis favoritos na bolsa de valores, com excelente crescimento e bons dividendos. Comecei a me desfazer no ano passado e terminei de vender em março. O fato de ter sido anunciada a venda para um canco chinês deu uma aliviada nas cotações, garantindo um bom lucro.

VENDA R.I.P. BGIP4

O banco estatal de Sergipe BGIP4 foi um excelente pagador de dividendos, entretanto em 2014 houve um corte brusco dos proventos e os dois últimos resultados trimestrais foram decepcionantes. Como é um papel de baixa liquidez foi difícil vender, mas consegui desfazer a posição totalmente a preços ainda razoáveis. É uma pena, já foi uma das melhores small caps da bolsa. Hesitei esperando pelo 1T14 e assim demorei para vender.

Aumento de BEES3

Aumentei minha posição em BEES3, outro banco estatal, do Espírito Santo. Com P/L=6 e DY=6%, é uma aposta para o futuro, como turnaround. Ocupa mais ou menos 3% da carteira atual. Ação que estava na moda entre os miqueiros quando fez o split, agora está esquecida pelo mercado. Paga dividendos mensais, mas o que mais atrai é o P/L atual. Se repetir o resultado do 1T14 em 2T14 o P/L melhora ainda mais (o do 2T13 foi fraco).

VENDA ELET3

Vendi em maio a ELET3, uma turnaround com P/VPA muito baixo. Foi comprada baratinho em 2013 e deu lucro de 50%. Volto pro papel se a cotação desabar e muito, o que é improvável no CP.

Compra de UNIP5
Turnaround que apresentou bom resultado no 1T14. Posição bem pequena. mais ou menos 1% da carteira. Assim como ELET3, não é papel para B&H, e sim para trade no médio prazo. Paga dividendos.

VENDA Leve "fatiada" de BBAS3
Venda de uma parte de BBAS3. Agora está subindo mais ainda, espero que essa alta dure até o próximo mês (limite de 20k, não quero pagar IR), mas duvido que seja uma alta sustentável por mais 20 dias. Volto a comprar abaixo de R$23 (idealmente abaixo de R$22) e vendo mais acima de R$25 (mesmo com indicadores bons). Posição enorme na carteira, com PM=R$22,xx. Paga dividendos muito bons. Papel de B&H que oscila de forma mais ou menos previsível, permitindo trades interessantes. A tentação para vender "pesado" será grande aos R$28,xx.

Manutenção de FJTA3/4
Tenho uma pequena posição (ainda bem) em FJTA que será mantida, embora tenha virado "mico" e as perspectivas da empresa não sejam NADA boas. Vou aguardar até o último dia para solicitar a subscrição de FJTA3 a R$1,38 (FJTA4 não vale a pena pela atual cotação). Não vou vender porque pela cotação atual daria apenas uns trocados, sem contar que seriam 4 operações de venda (corretagem alta): FJTA3, FJTA3F, FJTA4, FJTA4F... Poderia subscrever FJTA3 para arredondar para um lote inteiro, vou pensar.

Manutenção de PINE4
Tenho uma posição grande em PINE4 mas não enorme como em BBAS3. Situação de risco por causa da economia fraca.  Pode acabar como o BICB4. Vamos ver como será anunciado os próximos dividendos, geralmente no final de junho.

Compra de FIIs
Tenho aumentado cada vez mais minha posição em FIIs, embora atualmente não estejam mais tão baratas assim, mas são mais seguras que ações, ainda mais quando se trata de um governo petista.
Só rendimento mensal das FIIs que tenho poderia pagar todas as minhas contas (condomínio, luz, TV a cabo), mas uso esse rendimento para aportes em novas FIIs. Trocando agora todas as ações da carteira por FIIs me daria uma IF razoável, mais ou menos metade do salário líquido atual. Daria para viver relativamente bem, mas sem luxos. Nos momentos que o trabalho me enche o saco é tentador pensar nisso, mandar todo mundo tomar naquele lugar e ir para casa.

Desempenho da Carteira
Se eu somar o valor atual da carteira, com as cotações de hoje, mais os proventos que estão pendentes (ações e FIIs que já declararam os proventos), ficaria no zero a zero em termos de rendimento anual até agora. O desempenho relativamente ruim se deve aos diversos papéis que caíram muito.








sexta-feira, 30 de maio de 2014

Avaliação de Maio 2014

Estamos perto da metade do ano, e o ano de 2014 tem se mostrado difícil para o mercado de ações no Brasil e fazer a escolha de ações para comprar com base em análise fundamentalista tem sido uma tarefa extremamente difícil, levando em consideração os riscos pós-eleições: juros altos, inflação, provável repetição da "contabilidade criativa", e mais demagogia do governo. Imagine um cenário de um segundo mandato pior que o primeiro. Some ainda que a maioria dos resultados das empresas no 1T14 foram abaixo que o 4T13, deixando o cenário ainda mais nebuloso para os investidores.

A crise na Ucrânia e as pesquisas eleitorais deram um certo fôlego para as cotações em bolsa, mas complicou ainda mais o processo de compra de ações. Faz tempo que não compro um papel em bolsa, só tenho diminuído certas posições arriscadas usando o limite de 20k mensais e assim transferindo a alocação de ações para Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs). Vendi uma pequena parte de BBAS3 acima de R$24 e vendi o turnaround ELET3 que havia comprado abaixo dos R$5. Muitos FIIs subiram de preço e agora está difícil achar coisa boa e barata, mas é possível pegar FIIs que rendem mais ou menos 10% a.a. líquidos mais correção pelo IGPM, o que ainda é muito melhor que a maioria das aplicações financeiras de bancos.

https://www.itau.com.br/investimentos-previdencia/fundos/rentabilidade-uniclass/


Passou a época de FIIs disponíveis para venda na bolsa com rendimentos a 1% ao mês, ou até mais, fenômeno provocado pelo pânico do mercado. Com 500k acumulados o investidor poderia se aposentar precocemente de forma bastante razoável, com mais ou menos 5k líquidos ao mês, com correção anual da inflação.

No meu caso as FIIs rendem mais ou menos 0,9% ao mês, mas existe a tendência de cair essa porcentagem de rendimento por causa de novas compras de FIIs, que atualmente rendem 0,8%-0,87%.

Saindo da questão do rendimento, atualmente ainda se encontram FIIs a 80% do VPA. Outro ponto relevante a ser levado em consideração é que um cenário de reversão da taxa de juros, embora improvável no momento, irá causar uma grande elevação nas cotações das FIIs. Só fato do crescimento da taxa de juros dar uma estacionada gerou um aumento de preços das FIIs.
 
É importante que, ao analisar uma FII, leve-se em consideração a vacância dos imóveis, a vacância da região, a idade do imóvel (pode precisar de reforma), o prazo dos contratos, tipos de inquilinos, taxas administrativas, etc. Nem sempre dá para conseguir essas informações e em muitos casos as informações disponibilizadas no site do administrador do fundo são antigas, assim sendo é meio cansativo analisar FIIs em geral.

O legal dos FIIs é que eles dão um rendimento mensal que pode ser usado para comprar mais ativos. Em momentos de quedas na bolsa, esse fluxo de caixa dos FIIs, nem que seja de R$1000, somado aos dividendos, já ajuda nos aportes. Aportes que até o momento foram muito fracos e foram usados para a compra de moeda estrangeira, para uma viagem que já foi feita e também para futuras viagens, já que duvido um dólar nesse patamar para 2015.



Em relação à carteira como um todo, estou no negativo este ano, oscilando em -3% e -5%. Certamente as FIIs contribuíram para que a carteira não caísse ainda mais.


Cenário para Junho:

É provável que eu compre mais FIIs, mas não existe nada obviamente barato. Como escrevi anteriormente, nos preços atuais estão rendendo 0,8%-0,87%. É possível encontrar FIIs mais rentáveis, porém com um grande aumento no risco (maior chance de vacância, prédio velho, com RMG acima da renda real, etc.)

Se BBAS3 cair abaixo de R$22, recompro o que havia vendido, já que é um papel que oscila frequentemente e dá para tirar uns trocos com isso.


sexta-feira, 14 de março de 2014

PRSV11

O FII Presidente Vargas (PRSV11) anunciou recentemente uma vacância parcial em um de seus imóveis.
Supondo uma queda de rendimento temporária para a faixa de R$7 mensais, a cotação de R$8xx baixos já compensa o risco, na minha opinião, mesmo que fique um ano sem alugar, o que é improvável em pleno centro do RJ. Também duvido que alugue a um preço mais baixo.
Eu já tinha o ativo desde Dez/2013, e hoje acabei comprando um pouco mais a R$830 com uma pequena sobra de caixa.

Aviso: esta é apenas minha opinião pessoal e não serve como recomendação profissional para uma eventual compra ou venda de ativos.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Back to 2012, BICB4, BBAS3, BPFF11

Com todas essas quedas das cotações em bolsa, retornei ao ponto que terminei o ano 2012, virtualmente perdendo todos os aportes e o rendimento que tive em 2013.

Em 2014 finalizei minha posição em BicBanco. Comecei a vender aos poucos no último trimestre de 2013, após o anúncio da venda do banco para os chineses e resultados trimestrais muito piores. Embora o preço fixado para a venda seja maior do que o cotado atualmente, há uma série de riscos que fazem com que não valha a pena segurar o ativo e o mercado está ciente desses riscos.

No passado do BicBanco sempre houve boatos de venda para o Brasdesco, mas isso foi na época que o ativo possuía fortes fundamentos, com bom crescimento e grande distribuição de dividendos. Mas no percurso quem comprou outra instituição financeira foi o próprio BIC.

Interessante como uma empresa que era considerada muito boa no setor de bancos médios pode adotar estratégias erradas e assim caminhar lentamente para resultados cada vez mais fracos.

O caso do BICB4 foi diferente do Indusval (IDVL4), outro ativo que também adquiri barato na crise de 2008. A situação do Indusval era bem mais clara, permitindo ceifar a ação de forma mais imediata.

Este mês adquiri mais BBAS3 (nesse preço atual vale muito a pena) e dobrei posição em BPFF11, com o dinheiro do BIC. Procurei e procurei, mas não sei qual é a eventual pegadinha da BPFF11, porque ela está bem descontada.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

BBAS3

Saiu hoje o resultado do Banco do Brasil (BBAS3), divulgando um lucro líquido (LL) "recorde" de R$15,8 bilhões no ano de 2013, mas ao mesmo tempo a bolsa abriu com a cotação despencando mais ou menos 5%. O que aconteceu?

a) esse LL recorde em 2013 de R$15,8 bi inclui lucros não-recorrentes como a venda da BB seguridade. O LL recorrente foi mais ou menos R$10 bi.
b) o lucro do último trimestre de 2013 diminuiu, enquanto os outros dois bancos grandes mostraram resultados bem melhores. O LL recorrente do trimestre foi R$2,4 bi.
c) o crescimento do Banco do Brasil vem caindo. Banco grande com desempenho de banco médio.
d) o mercado em geral está pessimista de forma geral, especialmente os estrangeiros.
e) é possível que o Brasil seja rebaixado por alguma agência de classificação.

Se anualizarmos o LL do último trimestre, teremos um R$9,6 bi anuais. Dividindo pelo número de ações, teremos um LPA anual de R$3,35. Assim, em uma cotação de R$20,80 dá um P/L de 6,20.

O DY em 2014 provavelmente vai cair em relação a 2013, inclusive por causa dos eventos não-recorrentes no LL. O primeiro provento a cair em 2014 não ajuda a animar muito, é menor que o de 2013 e 2012.

O P/VPA está em 1.

Não olhei ainda em relação ao PDD.

Conheço alguns investidores fundamentalistas bons que já se livraram totalmente de BBAS3 hoje mesmo, assumindo prejuízo (e chingando o PT).

Não vou vender BBAS3 de imediato, pelo menos não a esses preços com P/L=6 e P/VPA=1, já que a situação embora não seja boa por causa do baixo crescimento, também não é péssima e o preço baixo já estava mais ou menos prevendo o efeito bolivariano sobre a estatal. Mas também não vou comprar mais porque já estou bastante comprado e é a minha maior posição na carteira.

Obs: este artigo é uma opinião pessoal e não representa recomendação de compra ou venda.


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

KLBN4

Klabin é o exemplo de empresa listada em bolsa que é uma amostra da insanidade do mercado financeiro, sem contar que é um papel recomendado por várias corretoras. Eu nem acompanho essa empresa, mas vejam alguns dos indicadores (valores aproximados):

P/L=36
P/VPA=2
DY=3%
ROE=5%
Margem Bruta=37%
Dívida Bruta/PL=130%



Fonte do gráfico: GuiaInvest

Sem querer trollar, mas eu queria que algum acionista me explicasse qual é o atrativo de manter esse papel em carteira... Promessa futura? Esperança?

Vejam só as justificativas da Rico Corretora para a Klabin:

  • Estrutura de capital confortável da empresa, sem problemas de alavancagem
  • Eficiência Operacional
  • Histórico de crescimento por caminhos conservadores
  • O bom momento para companhias de papel e celulose na bolsa de valores.
Fonte: http://tissueonline.com.br/acoes-da-klabin-estao-entre-as-recomendacoes-para-fevereiro/

A Coinvalores também recomenda Klabin:

Fonte: http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3185560/corretora-indica-papeis-para-investir-mais-nesta-semana

Quero entender...

Nota: Este blog não faz qualquer recomendação de investimento e não se responsabiliza por decisões influenciadas com base no conteúdo do mesmo.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O Pânico dos Outros é Meu Lucro

As opiniões abaixo são pessoais e não servem como apoio à decisão de investimento.

O ano de 2013 foi positivo para minha carteira (mais ou menos +10%), mas o primeiro mês de 2014 mostrou uma grande queda no valor de mercado (aproximadamente -10%). Estou fortemente comprado em BBAS3, que caiu bastante, e outras ações que tenho posição considerável também despencaram por causa da intranquilidade do mercado acionário.

BBAS3 nessa faixa de R$20,xx é linda de se comprar, aliás se continuar comprando mais vai acabar virando all-in! :) Embora existam papéis bons na bolsa, mas nada "quase de graça" como foi em 2008, acabei focando mais em FIIs. Nas cotações e rendas atuais há várias delas dando 11%/ano mais correção. Algumas cotações recentes de FIIs já permitem ao investidor 1% de rendimento mensal. Não existe intranquilidade no mercado de fundos imobiliários, mas sim existe PÂNICO. Não só pelas quedas em si, mas em certos momentos você percebe pelo comportamento das ordens no book que tem gente no desespero irracional para vender suas FIIs. Quanto mais cai a cotação, maior o desespero. Dá para entender o desespero no caso de investimentos que micaram, como as empresas X, mas com papéis que mandam dinheiro vivo na sua conta mensalmente, não dá para entender...

Com FIIs valendo 70-80% do seu valor patrimonial (ou menos), existe uma "margem de segurança" muito boa para eventuais crises reais. A realidade do mercado financeiro é que o pânico dos OUTROS resulta em meu LUCRO. Será revertido para uma independência financeira mais rápida. Foi assim em 2008 com ações (era o fim do mundo capitalista, quem lembra das besteiras dos comunas?), desta vez é com FIIs. O ano de 2008 foi o meu divisor de águas financeiro, de um esquema B&H meio idiota (estilo Bastter embora nem conhecesse essa porcaria) para as compras baseadas totalmente em valor e oportunidade.

Até o começo de dezembro do ano passado nem tinha FIIs em carteira (e nem dava muita bola), mas elas desabaram tanto que acabaram chamando minha atenção. Hoje já são mais de 10% da minha carteira, e amanhã que é dia de pagamento vou comprar mais um pouco. Não tenho um objetivo fixo de preencher X% da minha carteira, conforme estiver barato, vou comprando. Se as promoções continuarem, vão chegar aos 20% ou 30% nos próximos meses...

Durante Fevereiro vão cair alguns proventos das minhas ações, o que permitirá mais compras de ativos descontados. É em momentos de crise que o DY das ações fazem diferença. Nem preciso comprar da mesma empresa que distribuiu os dividendos, posso alocar em um ativo com melhor valor naquele momento. Aliás até rio para quem acha que dividendo não serve para nada, porque desconta da cotação...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O Que é Classe Média

Nos últimos anos temos visto na mídia com grande frequência menções ao aumento da classe média brasileira e um novo conceito chamado de "nova classe média". É natural que não exista uma definição universal de classe média, mas será que não estão distorcendo o conceito de classe média para fins políticos?

Fala-se tanto na tal "nova classe média" na mídia, e levando em conta que boa parte dos nossos jornalistas são meros papagaios que repetem informações sem fazer uma avaliação crítica, existe o risco de transformar uma mentira ou meia-verdade oriunda de certos setores políticos em uma verdade concreta e absoluta, assim como foi a autosuficiência em petróleo [link] ou o pagamento da dívida externa [link].

Segundo o Marcio Pochmann do IPEA, que lançou um livro a respeito da suposta nova classe média, a ascensão econômica de uma parcela significativa da população brasileira "não se trata da emergência de uma nova classe — muito menos de uma classe média." [link] (Detalhe que o autor disputou a prefeitura de Campinas em 2012 pelo PT)

A Marilena Chauí, aquela professora da FFLCH-USP que odeia a classe média "antiga", também diz que "os programas sociais do governo tenham criado uma nova classe média no Brasil. O que eles criaram foi uma nova classe trabalhadora." [link] Depois ela continua com o blá blá blá típico de comunista que não vale a pena sequer ser reproduzido, mas está no link. Ou seja, os dois petistas acima discordam que a "nova classe média", usado como marketing pelo governo do PT, é de fato, classe média.

Dentro da minha concepção pessoal do que é classe média, imagino uma família com as seguintes características gerais:
- possui um imóvel próprio ou alugado, que não esteja em situação irregular ou precária;
- possui eletricidade, água potável e sistema de esgoto (ou fossa para áreas afastadas ou rurais);
- possui trabalho formal que exige um certo grau de escolaridade;
- não depende de programas assistencialistas do governo;
- possui renda suficiente para alimentar e vestir todos os membros da família;
- possui eletrodomésticos e TV;

- tem acesso a escolas, mercados, e atendimento de saúde.

A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que é um órgão de governo federal, definiu em 2012 um "critério" para a identificação da "classe média brasileira", definindo como o grupo de famílias com renda per capita entre R$291 e R$1.019. [link][link][Wiki]

Alguém com uma capacidade crítica mínima pode questionar: Como é que se pode definir alguém que ganha ABAIXO do salário MÍNIMO (R$724) pertencer à classe média? Não é o próprio governo federal que define o valor do salário mínimo? Um casal sem filhos que ganha em conjunto R$600 é da classe média, sendo que na prática esse valor iria em sua maior parte para o aluguel de moradia em uma favela em SP ou RJ!

Pasmem, a classe média ALTA é definida pelo rendimento per capita entre R$640 a R$1.019, e a classe ALTA logo acima dessa faixa. [link] Ou seja, uma família típica com dois filhos, que ganha R$3.000 no total, é classe média alta! Uma pessoa sozinha que ganha R$1.500 é classe alta, mas com esse valor mal consegue alugar um apartamento de classe média em São Paulo...

Seria de se perguntar em que classe se encaixa um político brasileiro?

Detalhe curioso é que a própria Marilena Chauí participou da comissão criada pela SAE para definir a classe média no Brasil. [pdf]

Assim, é fácil transformar metade do Brasil em classe média! Pegaram a renda per capita no Brasil inteiro e mais ou menos fizeram uma média, chamando de classe média quem está na média... O pior é que até a imprensa cai nessa, até o pessoal do noticiário da Globo News repete isso feito papagaio.






quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Aposentadoria Precoce Extrema

Na Internet pude encontrar uma proposta de estratégia de finanças pessoais bem diferente do que estamos acostumados, que é a Aposentadoria Precoce Extrema (Early Retirement Extreme, ou ERE).

A filosofia do ERE sugere que você adote um estilo de vida extremamente frugal para deixar de trabalhar em poucos anos. Contrasta com a estratégia mais conhecida de trabalhar e viver poupando para acumular patrimônio de modo a atingir a riqueza.

Para conseguir a Aposentadoria Precoce Extrema é necessário atingir um patamar de patrimônio muito menor, menor que a marca psicológica do "primeiro milhão". Note que acumular o "primeiro milhão de reais" não torna ninguém rico, e mesmo assim, para quem começa do zero, é uma marca bastante difícil de alcançar.

Pelos posts que vejo em certos blogs de finanças brasileiros, a filosofia dos jovens poupadores é atingir a independência financeira antes dos 30 ou 40 anos, já que depois disso é o fim da vida. Note que muitas vezes a idéia de independência financeira é misturada com sonhos de riqueza e ostentação, mas se formos fazer uma simples "conta de padeiro" veremos que a coisa na vida real não é bem assim...

Vamos supor um jovem recém-formado, lá pelos 23 anos, consegue passar em um bom concurso púlico e passe a ganhar 10k brutos mensais. Desse salário, com uma boa dose de frugalidade e vivendo com os pais, consegue economizar 60k anuais.

Com um rendimento REAL generoso de 0,5% mensais ele acumula aproximadamente R$350k em 5 anos. Nesta altura da vida ele está com 28 anos, sem apartamento e sem carro. Nessa altura do campeonato é bastante provável que acabe comprando à vista um carro mediano de 50k, afinal todo mundo no trabalho tem um carro, porque ele não? Note que o rapaz está chegando próximo dos 30 anos e continua morando com os pais. Os 300k restantes permitem comprar um apartamento simples nas grandes cidades brasileiras, mas vamos supor que ele continue morando com os pais e poupe mais dinheiro. Para facilitar as contas, vamos desconsiderar eventuais promoções no trabalho e os gastos de manutenção com o carro e namoradas.

Chega os 33 anos e ele acumulou mais R$350k durante esses 5 anos, além dos 300k iniciais, totalizando R$750k (os 300k já existentes viraram 400k). Ele está próximo do sonhado "primeiro milhão", mas continua morando com os pais. Existe a pressão social para que finalmente aos 33 anos ele deixe a casa dos pais, assim ele compra um apartamento usado de dois dormitórios em um bom bairro da metropóle, pagando 450k.

Note que com um rendimento de 10k que muitos tanto sonham, e mesmo vivendo frugalmente, o nosso herói de 33 anos conseguiu um carro (que já tem 5 anos) e um apartamento bom, mas longe de uma vida de luxo. Estou supondo também que ele esteja resistindo à idéia de se casar e ter filhos, senão a pressão de gastos seria muito maior e não conseguiria fazer os mesmos aportes mensais.

Passam mais 5 anos e ele volta novamente ao patamar de R$750k equivalentes ao padrão de hoje. Para facilitar as contas, desconsidero promoções no trabalho, mas em compensação desconsidero os gastos com o carro velho e com o apartamento. Ele já tem 38 anos e tem uma vida boa e segura para o padrão brasileiro, mas muito longe dos sonhos imaginados por muitos jovens anônimos que postam no blog do Pobreta, por exemplo. Aos 38 anos, ele ainda está no meio do caminho da independência financeira que permita largar o emprego, a não ser que ele se dê por satisfeito com os R$3.750 reais que rendem de sua aplicação. Claro que nosso herói hipotético poderia resolver deixar a frugalidade de lado e começar a gastar com viagens, carros mais caros, e festas, mas teria que continuar trabalhando até a aposentadoria.


No ERE, além do acumulo de patrimônio, a independência financeira é conseguida através da redução radical do consumo, fazendo as coisas por si mesmo (filosofia do it yourself), gastando seu tempo aprendendo coisas úteis, vivendo sem carro, roupas de marca, e celular. Certamente não é um estilo de vida que torna o sujeito atraente financeiramente para as periguetes, mas o deixa com tempo para cuidar melhor da saúde e do corpo. Só o fato de viver sem o stress do dia-a-dia deve fazer uma grande diferença para o sujeito, inclusive na parte sexual.

Exemplos de coisas que se faz ao adotar esse estilo de vida:
- ao invés de carro, andar de bicicleta e aprender a consertar a bicicleta você mesmo;
- largar o consumo de gadgets e tralhas eletrônicas que ficam encostadas a maior parte do tempo;
- aprender a cozinhar e usar ingredientes mais baratos e saudáveis;
- aprender a costurar e consertar suas roupas;
- criar soluções caseiras diversas, como manter uma horta no quintal;


Maiores informações no site do ERE (em inglês): http://earlyretirementextreme.com/


Com um gasto mensal muito menor, tem-se dois efeitos para deixar de trabalhar cedo:

a) consegue-se poupar bem mais durante a fase de acumulação;
b) requer um patrimônio menor para conseguir a independência financeira, porque a filosofia do ERE é manter esse estilo de vida simples e frugal para o restante da vida.


Obviamente não existe uma regra universal de quanto deve se acumular para conseguir essa IF, mas certamente é uma fração do que seria a IF para manter um estilo de vida "normal". O autor norte-americano do ERE diz que vive com US$7000 anuais, o que dá aproximadamente R$1500 mensais. Esse valor de renda real pode ser conseguido atualmente com R$300.000 aplicado em FIIs diversificadas.

http://earlyretirementextreme.com/how-i-live-on-7000-per-year.html


É um assunto bastante polêmico, que afeta várias áreas da vida, e essa filosofia de vida um tanto radical permite refletir inclusive sobre o que é a felicidade. É uma forma de IF que é muito mais fácil de se atingir, possível de ser conseguida em poucos anos, ao contrário da busca do sonho do primeiro milhão. Sem dúvida requer uma grande dose de coragem.

Nota do Bullock: com apartamento próprio, atualmente eu conseguiria viver tranquilamente com aproximadamente R$2.000 mensais, nem seria uma vida tão frugal assim, porque manteria certos confortos como Internet, TV a cabo, ar condicionado, e até mesmo baladas. Tirando as baladas da conta, ficaria mais ou menos no padrão do autor do ERE, de US$7000 anuais. Deixando de trabalhar, gastaria mais com a conta de luz, mas ao mesmo tempo gastaria menos com o transporte diário.

R$350 condomínio (isento de IPTU)
R$200 TV paga e Internet
R$150 ônibus (deixando de trabalhar, este gasto cai)
R$100 luz (com ar ligado no verão)
R$600 supermercado
R$600 baladas



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Algumas Lições de Benjamin Graham

Algumas idéias sobre ações do excelente livro O Investidor Inteligente

O texto que coloco em itálico é um complemento meu à idéia original do Benjamin Graham, em seu livro O Investidor Inteligente.

O investidor inteligente sabe que as ações se tornam MENOS arriscadas quando a cotação CAI, porque aumenta a margem de segurança. Viu Bastter? Assim, comprar BBAS3 a R$22 é BEM menos arriscado do que comprar BBAS3 a R$30...

O investidor inteligente só precisa de aritmética básica para fazer suas contas e ver se uma empresa está cara ou barata em termos de valor. Quando alguém sugere cálculos mais complexos, é um sinal de alerta!

Ninguém consegue prever o retorno futuro, o futuro sempre irá nos surpreender. Não se iluda com preço-alvo de uma ação indicada por corretora! Também lembro de um certo economista e consultor financeiro do programa Manhattan Connection na TV paga, o Ricardo Amorim, prevendo COM CERTEZA que a bolsa iria para os 100k um tempo atrás!

Uma ação não é apenas um símbolo virtual, é uma participação em uma empresa real com um valor que não depende de sua cotação na bolsa. Isso contrasta com a análise gráfica, que se preocupa apenas com a variação da cotação e o volume de negócios.

O mercado de ações é um pêndulo que sempre alterna entre um otimismo insustentável e um pessimismo injustificável. Épocas de pessimismo exagerado como foi em 2008 são ótimas para expandir sua carteira de ações. Existem épocas muito otimistas que também é preciso verificar se a cotação da ação justifica o lucro esperado no futuro!

Não importa o quanto de cuidado você tem ao escolher uma ação, você pode estar errado. A margem de segurança oferece uma proteção para minimizar erros.

Desenvolvendo disciplina e coragem, você evitará que o aspecto emocional de outras pessoas afete o seu futuro financeiro.

Por mais que esse livro tenha acima de 60 anos, as pessoas continuam insistindo nos mesmos erros: ganância, medo, ignorância. Os erros das outras pessoas se transforma em lucros para quem é racional, estuda o mercado e identifica oportunidades.


Algumas idéias do Warren Buffett (por terceiros, como a Mary Buffett)

Indo além do Graham, a empresa deve ter uma vantagem competitiva durável, como por exemplo, a Coca Cola. É importante que a empresa tenha (e mantenha) uma margem de lucro alta, o que não acontece com as companhias aéreas em geral, que operam com margens baixas e estão sujeitas a períodos de dificuldades. Aqui no Brasil um exemplo de empresa com margens altas é a construtora EZTEC, enquanto um exemplo de empresa com margens baixas é a Gerdau.


Algumas idéias minhas

Não confie em conselhos ou recomendações de revistas, banco, corretoras e muito menos de gente "especialista" do mercado, que vive de vender cursos e livros. Se o especialista fosse tão bom mesmo, estaria perdendo seu valioso tempo ganhando míseros trocados com cursos?

Estude e aprenda a avaliar por si mesmo. Alguns blogs e fóruns na Internet são úteis para descobrir oportunidades de investimento, afinal é duro acompanhar dezenas ou centenas de ações e fundos ao mesmo tempo que trabalha no dia-a-dia, mas nada substitui sua própria capacidade de avaliar uma oportunidade.

Corretoras vivem de compra e venda de ações, assim elas preferem que você use análise gráfica para comprar e vender ações aos montes, ao invés de um sujeito "sem graça" que opera uma ou duas vezes por mês usando análise fundamentalista. Note que toda corretora de valores possui uma área de análise gráfica no site muito maior do que de análise fundamentalista.

Análise fundamentalista é chata, você fica olhando números e tabelas, e demora muito para aprender. Análise gráfica é bacana, cheia de desenhos e termos que impressionam, e a curva de aprendizado é muito rápida, para produzir as primeiras análises! Tirando suportes e resistências simples, os gráficos aceitam qualquer interpretação... É comum dois traders grafistas fazerem interpretações totalmente diferentes e até mesmo contraditórias do mesmo gráfico... 

Grafista vende livros e cursos, enquanto que o fundamentalista fica quietinho, na dele, raramente gosta de aparecer na mídia, por que será? ;) Análise gráfica tem sua utilidade, mas deve ser usada com moderação!


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Abertura de Conta no Exterior

 Abertura da conta

 Já havia comentado em um post anterior que o banco HSBC facilita a abertura de uma conta no exterior. Aliás também existem fundos de investimentos disponíveis no Brasil que aplicam em mercados no exterior.
Entretanto, existe uma opção que é abrir a conta diretamente, sem intermediários no Brasil. Segue um guia em inglês para a abertura de uma conta na Suiça:

http://www.wikihow.com/Open-a-Swiss-Bank-Account

Aparentemente é bem mais fácil abrir uma conta na Suiça do que nos EUA.
Lembrando que o valor alocado no exterior deve ser declarado no IR.

Qual a finalidade de abrir uma conta no exterior?

A razão é bem simples, proteção do patrimônio quando se atinge um patamar mais elevado.
Que me perdoem os ufanistas, mas a realidade é que vivemos em um país da América do Sul, sujeito a mudanças bruscas de regras e populismo.
Não precisamos ir muito longe para buscar exemplos de como a situação de um país pode se deteriorar de forma grave, basta ver a situação do nosso vizinho, a Argentina. O governo até restringe a compra de moeda estrangeira, inclusive o R$ brasileiro. O governo argentino persegue a imprensa e faz maquiagem de índices inflacionários oficiais. A população tenta deseperadamente encontrar formas de proteger seu dinheiro da inflação, e é por isso que a bolsa de valores da Argentina disparou. O mesmo para a bolsa da Venezuela!

Quem já vivenciou os anos 90, lembra do Collor e a restrição da poupança, deixando muitos brasileiros completamente na mão...

Progresso

Vou informando aqui no blog os meus achados sobre investimentos no exterior. Estou pesquisando desde já todas as minhas opções futuras para a proteção do meu patrimônio, conquistado com muito esforço.


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Queda na Bolsa - Hora da Festa!

A bolsa de valores tem caído consideravelmente nos últimos pregões. Estou achando lindo, mesmo fortemente comprado em ações e vendo o patrimônio temporariamente diminuir. Hora de fazer alguns ajustes na carteira para aproveitar as promoções. Essa é outra vantagem da diversificação, você pode vender um papel que não está tão atraente para comprar um outro que está barato e com maior potencial.

Um papel que está bastante atraente no preço atual é BBAS3, com P/L baixo (mesmo considerando apenas os lucros recorrentes), DY elevado, e uma margem de segurança enorme. Pode cair ainda mais, e é bastante possível que aconteça, mas já aumentei posição com uns trocados disponíveis.
Vi que muita gente de blogs de finanças não possui o papel em carteira.

Recomendo estudar o papel. Lembrando que a decisão de compra é por sua conta e risco.
Continuando a queda da bolsa outros papéis podem brotar como pechinchas. Espero que essa queda dure pelo menos até o próximo mês!


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cartão de Crédito com Anuidade Gratuita

Acho um absurdo pagar pela anuidade do cartão de crédito, como se fosse um grande benefício ter um cartão, e o maior beneficiado nessa coisa toda é a empresa do cartão. Se não fossem as viagens e eventuais compras no exterior, nem teria essa porcaria. Tem empresa aérea que só aceita cartão de crédito. Para os sites nacionais de e-commerce, a maioria aceita boleto bancário, que é MUITO mais seguro de se pagar, e de quebra na maioria das vezes tem desconto.

Segue a dica de duas empresas que oferecem cartões de crédito internacionais com anuidade gratuita, sem exigir utilização mínima. Fique à vontade para esfregar na cara do gerente do seu banco:

Cartão Petrobrás VISA
http://www.br.com.br/wps/portal/portalconteudo/cartaopetrobras

Cartão Saraiva VISA
http://www.livrariasaraiva.com.br/cartao-saraiva-2010/


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Diversificação



Não existe uma regra universal para diversificar os investimentos. Alguns citam um máximo de X ações diferentes na carteira, ou a alocação de tantos % em renda variável e o resto em renda fixa, mas o fato é que o "quanto diversificar" depende de cada investidor, tem que se levar em conta os riscos dos investimentos, o total do patrimônio, o conhecimento e a experiência do investidor, e as oportunidades que aparecem de tempos em tempos no mercado.

Normalmente recomenda-se evitar colocar todo o seu dinheiro em um único investimento ou uma única ação, algo que o pessoal costuma chamar de all-in, expressão que veio do poker. Diversificar os investimentos protege o seu patrimônio contra ameaças e eventuais desastres, como fraudes, falências, e intervenções do governo.

De tempos em tempos aparecem oportunidades de ouro e você pode desviar grande parte dos seus recursos para aproveitar aquela chance. Investir naquela oportunidade pode acabar diminuindo a diversificação e assim aumentar o risco, mas são essas oportunidades que alavacam os ganhos em rumo da riqueza. Lembrando que ninguém fica rico com 100% em renda fixa, a não ser que as taxas de juros fiquem muito altas, ou que o investidor tenha recursos para fazer aportes mensais muito elevados.

Quando o risco é baixo e o valor do patrimônio é pequeno, não vale a pena diversificar muito. Por exemplo, se você possui R$5.000, não é nada útil diversificar. Quando o patrimônio é muito elevado, vale a pena diversificar em vários investimentos diferentes para protegê-lo. Neste caso, até abre-se mão de um rendimento máximo para se obter maior segurança. Vale até abrir conta bancária em outro país, algo que é perfeitamente legal. Alguns bancos, como o HSBC, facilitam esse tipo de operação no exterior. Naturalmente, deve-se declarar esse patrimônio na declaração de IR.